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Negócio da China

24 jun

Essa semana fui em Flushing, Queens. Essa região, que fica no extremo leste da cidade de Nova Iorque, no final da linha 7 do metrô, me lembrou São Paulo nas circunvizinhaças da Liberdade: caos, um milhão de letreiro ilegíveis e muita gente de olho puxado.

Lá moram muitos imigrantes do Oriente, incluindo coreanos, indianos, e claro, como em qualquer parte do mundo hoje em dia, chineses.

Minha amiga Tracy, acupunturista e herbalista, tem uma amiga chinesa que sempre leva ela em excursões nesse mundo quase impenetrável para os ocidentais. E, claro, me convidei para uma delas.

Ela começou explicando que em Flushing os chineses são, em sua maioria, da reigão norte daquele país, ao contrário da Chinatown de Manhattan, na qual a origem é sulista. No supermercado, descobri que macarrão não é só feito de farinha de trigo, mas também de arroz, de feijão, de batata-doce!

Depois decobri que as praças de alimentação dos shoppings não são uma invenção moderna, mas as ‘food courts’ são muito comuns, normalmente escondidas no subsolo, cheia de opções, pois cada ‘portinha’ tem uma tia especialista em alguma coisa: macarrão, pato, sopa, e por aí vai. A comunicação, quando não se tem o privilégio de andar com uma interprete, é na base do dedo: aponte o tamanho e o quê, mostre quantos quer, veja quanto custa.

Ao final das compras, fomos relaxar os pezinhos na Reflexologia. Dói a beça, mas é ótimo pra saúde. Enquanto me contorcia discretamente, tenho certeza de que os chinesinhos que apertavam nossos pés riam da nossa cara de dor ‘extrangeira’.

Finalmente chegou a hora mais esperada: comer Huǒ Quō, Shabu-shabu, ou Hot Pot. Uma grande panela de caldo fervente em cima da mesa. Uma montanha de vegetais, carnes, frutos do mar, cogumelos, e outras comidinhas mais, cortadas em porções pequenas suficientes para se colocar na boca. Diversos temperos diferentes que você mistura num potinho a seu gosto para temperar as comidinhas que você coloca para cozinhar na grande panela. Para mim, a invenção do século!

Depois dessa montanha de comida e da imersão na cultura chinesa, só restava o caminho de volta ao ocidente no trem 7.